sexta-feira, outubro 01, 2021

Obrigação e Liberdade

 


Percebemos que o ato moral é complexo e a ética não oferece “receitas” para agir bem. Cabe ao sujeito moral viver de maneira dramática, as contradições irreconciliáveis entre dois polos, como o social  e pessoas a tradição e a inovação e assim por diante.

 

 Não há como optar por apenas um desses aspectos mais sim admitir que eles constituem o próprio tecido da moral.

 

Igualmente, não deixa de nos intrigar o fato de que o ato moral exige obrigação e liberdade, conceitos aparentemente contraditórios.

 

Se a construção da consciência moral se reduza a partir da aprendizagem da autonomia e da convivência. Temos de admitir que o ato moral é um ato de vontade de um sujeito livre.

 


A vontade distingue-se do desejo que é involuntário e tende de forma imperiosa para sua realização. Por serem os desejos muitas vezes seria impossível atender a todos eles. No entanto o que o ser livre busca não é a anulação do desejo mais sim ter condições para escolher e decidir o que fazer em determinada situação.

 

Nesse sentido o desejo não desaparece nem é reprimido, mas permanece na consciência como desejo possível de ser realizado ou não conforme a própria vontade.

Por outro lado a decisão voluntária cria um “dever ser “ já que resulta da consciência da obrigação moral. Não se trata de qualquer obrigação porém o dever moral não se cumpre devido a constrangimento externo mas a partir da norma livremente assumida. Só há moral madura quando o indivíduo decide por sua própria iniciativa.

 

Para que o imperativo da regra moral se imponha de maneira autônoma na nossa consciência, é preciso discernir entre os valores que tocam a nossa sensibilidade. A nos orientarmos priorizando certos valores e excluindo outros estamos mobilizados por um projeto que não diz respeito apenas a nós, como individuo,mas a coletividade da qual participamos.

 

Por isso, todo ato moral está sujeito a sanção, ou seja merece aprovação ou desaprovação, elogio ou censura. O senso moral reage porque nossa afetividade foi atingida. Por exemplo, certos atos considerados imorais, como a tortura, provocam nossa indignação.

 

Redação: Joyce Figueiredo

Coordenação : Jefter Figueiredo

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