Não há como optar por apenas um desses
aspectos mais sim admitir que eles constituem o próprio tecido da moral.
Igualmente, não deixa de nos
intrigar o fato de que o ato moral exige obrigação e liberdade, conceitos
aparentemente contraditórios.
Se a construção da consciência
moral se reduza a partir da aprendizagem da autonomia e da convivência. Temos
de admitir que o ato moral é um ato de vontade de um sujeito livre.
A vontade distingue-se do desejo que é
involuntário e tende de forma imperiosa para sua realização. Por serem os
desejos muitas vezes seria impossível atender a todos eles. No entanto o que o
ser livre busca não é a anulação do desejo mais sim ter condições para escolher
e decidir o que fazer em determinada situação.
Nesse sentido o desejo não
desaparece nem é reprimido, mas permanece na consciência como desejo possível
de ser realizado ou não conforme a própria vontade.
Por outro lado a decisão
voluntária cria um “dever ser “ já que resulta da consciência da
obrigação moral. Não se trata de qualquer obrigação porém o dever moral não se
cumpre devido a constrangimento externo mas a partir da norma livremente
assumida. Só há moral madura quando o indivíduo decide por sua própria
iniciativa.
Para que o imperativo da regra
moral se imponha de maneira autônoma na nossa consciência, é preciso
discernir entre os valores que tocam a nossa sensibilidade. A nos orientarmos
priorizando certos valores e excluindo outros estamos mobilizados por um
projeto que não diz respeito apenas a nós, como individuo,mas a coletividade da
qual participamos.
Por isso, todo ato moral está sujeito a sanção, ou
seja merece aprovação ou desaprovação, elogio ou censura. O senso moral reage
porque nossa afetividade foi atingida. Por exemplo, certos atos considerados imorais, como a
tortura, provocam nossa indignação.
Redação:
Joyce Figueiredo
Coordenação
: Jefter Figueiredo
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